Blender enquanto ferramenta pedagógica na educação artística.
04/10/2025 , B003
Linguagem: Português

O Blender apresenta-se como um verdadeiro canivete digital. Podemos até atrever-nos a chamar o Blender de oficina digital. Associemos então o Blender ao termo garagem-oficina (workshop). Tal como a história nos tem vindo a demonstrar, é nesta tipologia de espaço onde, muitas vezes, se criam e inventam novos engenhos e possibilidades. Nesta perspetiva, utilizei o Blender nas diversas ações educativas realizadas nos últimos 10 anos. Essas ações passaram pelo programa da Universidade Júnior (UJ), promovido pela Universidade do Porto, pelo Doutoramento e por diversas ações de formação de Professores.


Há 10 anos que utilizo o software livre Blender em diversos contextos educativos que se centra no espetro da educação artística. É nesse espectro onde situo a esta minha apresentação, que pretende demonstrar o percurso pedagógico e, ao mesmo tempo, contribuir para a sua discussão.
O Blender apresenta-se como um verdadeiro canivete digital. Podemos até atrever-nos a chamar o Blender de oficina digital. Associemos então o Blender ao termo garagem-oficina (workshop). Tal como a história nos tem vindo a demonstrar, é nesta tipologia de espaço onde, muitas vezes, se criam e inventam novos engenhos e possibilidades.
Ao encararmos o Blender enquanto garagem virtual de criação e aprendizagem, transformamos de imediato a relação que temos com o software. Nesta perspectiva, utilizei o Blender nas diversas ações educativas realizadas nos últimos 10 anos. Essas ações passaram pelo programa da Universidade Júnior (UJ), promovido pela Universidade do Porto, pelo Doutoramento em Educação Artística e por diversas ações de formação de Professores.
As ações educativas realizadas nas diversas edições da UJ tinham a duração de uma semana e permitiam os jovens, de escolaridade compreendida entre o 9º ano e o 11º ano de escolaridade, entender a linguagem da modelação e animação 3D, aprendendo a utilizar o Blender através dos atalhos que contêm uma lógica muito própria e que permite criar diversas metodologias de trabalho e processos híbridos entre diversos softwares ou técnicas e processos artísticos se aqui juntarmos a impressão 3D.
O projeto Bioimagens realizado no Doutoramento, onde o Blender serviu para criar diversos protótipos de ecobjetos, abriu portas para a criação de ações de formação de Professores. As ações de formação de professores proporcionam um excelente território de reflexão, devido há curva de aprendizagem acentuada do Blender. Essa curva, que pode ser trabalhada de diversas formas, embate contra uma vida preenchida de burocracia escolar, que retira ao Professor esse tempo tão necessário para se dedicar a uma nova ferramenta com enormes potencialidades pedagógicas.
Apresentarei pequenos exemplos das inúmeras ações realizadas, enquanto tentarei fomentar a discussão sobre as potencialidades do software livre Blender na educação artística.


Público Alvo:

Everyone

Tiago Torres Pinho, 1989. Maker ecologista geek. Doutorado em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto com a tese: “Bioimagens na Educação Artística – Produção de Imagens e seus Dispositivos de Captura através de Processos Ecológicos”. Licenciado em Artes Plásticas-Ramo Multimédia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Mestre em Ensino das Artes Visuais pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Desde a licenciatura que enveredou por uma carreira docente, acompanhada sempre por trabalho freelancer na área do vídeo, fotografia, modelação, renderização e impressão 3D. É Formador creditado e faz ações de formação em diversos centros de formação. É investigador no i2ads. Foi bolseiro de doutoramento pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.